quarta-feira, 18 de junho de 2008

Atendendo a pedidos

Tá bom vai! Eu me rendo! Atendendo a pedidos vou explicar melhor essa história de benga, afinal de contas, o que as pessoas que não me conhecem vão pensar de mim não é mesmo? Sou muito preocupada com o que os outros pensam, tanto quanto cavalo em dia de desfile!
Quando disse que colocar a benga pra fora foi como uma libertação, entendam. Sou bem mulher, com tudo o que uma mulher tem, e não, não tenho um órgão reprodutor masculino literalmente. É que como disse um amigo, o meu eu lírico tinha que se expressar de alguma forma, e foi em forma de benga.
Ainda não entenderam?
Colocar a benga ou a piroca verde pra fora, no caso das mulheres, é passar a viver como os cavalos de desfile: cagando e andando! É não se preocupar com o que os outros podem pensar de você, é fazer o que tiver vontade sem medo de ser feliz, é assumir todos os defeitos e peculiaridades que só você tem.
É isso, e se quiserem saber mais detalhes leiam o texto do ET pirocudo da Tati Bernardi. Ela diz tudo o que eu penso, quando lembro da minha benga, parece até que fui eu que escrevi, mas não foi. Talvez, um dia consigo escrever como ela, mas por enquanto, eu não quero. Quero continuar sendo eu mesma, com os meus pensamentos e minha benga libertadora.

terça-feira, 17 de junho de 2008

A benga colorida

Puta que pariu, mulher! Vai assustar a mãe! Ai que vontade que me deu de gritar isso na orelha daquela velha parada naquela fresta de janela. Pois é, estava eu caminhando pensativa (como sempre) ouvindo Thousand Miles, de Vanessa Carlton, e cantarolando de forma bem gay, quando uma mulher horrorosa apareceu com o cabeção na janela, que raiva dessas casas que não tem quintal, a janela dá na calçada e isso é um perigo!
Que mania feia de construirem casas assim e que mania mais feia ainda da mulher aparecer sem avisar. Justo quando eu tô divagando sobre a vida. Aliás, como já falei aqui, ultimamente, o que mais faço é pensar. Não se assuste ou estranhe se um dia começar a feder, serei eu. Não... não serão as flatulências. O problema com os gases já está resolvido. Mas o problema (ou não) de pensar demais, ainda não resolvi e pode começar a feder. Estive pensando (não falei?) em tudo que tá acontecendo na minha singela vida... Como foi triste descobrir que o mundo não é cor-de-rosa como eu achava quando criança, como foi triste saber que a maioria das pessoas não vai ser gentil com um desconhecido, triste descobrir que as pequenas coisas da vida, como contemplar o vôo de uma borboleta no meio do caos da cidade, não serão valorizadas pela maioria das pessoas, que tem a péssima mania de andar sempre apressadas levando suas vidas vazias a lugar nenhum...
Vazia tô eu! Aliás, tô me sentindo assim. Tô cheia, precisando gritar, como se tivesse milhões de coisas pra pôr pra fora, mas ao mesmo tempo tô me sentindo vazia. É como se eu tivesse com prisão de ventre há uns 3 dias, mas tivesse com fome sabe? Tá cheio, mas tá vazio? (rs) Tá bom, a comparação foi escrota, mas é exatamente assim que eu me sinto: prisão de ventre+fome.
Isso me fez lembrar como eu estava me sentindo quando resolvi colocar a benga em cima da mesa, era assim mesmo! E como foi bom... me libertei!
Um dia desses meu namorado me mandou um texto da Tati Bernardi (muito boa por sinal) que falava de um e.t pirocudo, ela contava como foi colocar a piroca verde pra fora. Me identifiquei muito com ela, pensamos muito parecido, e me identifiquei muito com o texto. No meu caso, não é piroca, é benga, e não é verde, acho que ela pode ser da cor que eu quiser, dependendo do meu estado de espírito.
Demorei até demais pra colocar minha benga em cima da mesa e mostrar pra quem quisesse ver. Sei que ela sempre esteve ali, adormecida, mas pronta. Sei que a benga estava louca pra sair e me fazer virar “homem”. Sei que antes eu nunca teria coragem de falar na cara da vaca da cobradora de ônibus que ela é grossa, ignorante e por isso vai ficar o resto da vida sentada naquela poltrona. Antes eu nunca teria coragem de fazer alguma coisa que alguém duvidou que eu faria, como por exemplo, pedir um autógrafo pra um garoto, num bar, que participou do programa do Márcio Garcia: “Te amo gata, vem com o Tchôu, que o Tchôu é mau”. “Ai, hoje não Márcio”.
Hoje, com a benga, eu adoro quando duvidam. Não duvide de mim, posso ser mais cara de pau do que imagina, e devo isso a benga!
Ela me libertou! Tá bom, tenho que confessar que ainda não sou totalmente livre, ainda tenho meus fantasmas e acho que sempre vou ter. Mas pelo menos a benga me deu muito mais confiança.
Ah se a benga colorida tivesse aparecido quando eu era mais nova, teria sido uma revolução. Desde pequena sempre fui muito encanada, principalmente com o meu corpo. Tive a fase de me achar com pouco peito (ainda acho), com pouca bunda (isso mudou), com as pernas finas demais... Tive a fase de achar meu nariz horroroso (de vez em quando ainda acho), de achar minha boca carnuda demais, vê se pode! Mas uma fase que sempre me persegue, é de achar minha ptose feia demais.
Tudo bem que já ouvi falar que todo mundo é meio torto, mas isso pra mim sempre soou como algo muito, muito ruim. Sou uma garota muito mais bem resolvida (se não fosse não estaria contando essas coisas aqui), mas não pense que eu não sei dos comentários que sempre rolam. Já tive muitos apelidos, sempre mascarados ou escondidos em conversas das quais eu nunca estava presente, mas que sabia que rolavam. Uma coisa que eu sempre fui, foi esperta. Sempre saquei as coisas com muita facilidade, mas não tinha a benga pra me defender.
Hoje quem conhece se apaixona por “la benguita”. Não é assim que dizem? Distraia a atenção do público, para que não vejam o que você não quer que vejam. Por outro lado, eu sei que as conversas e os comentários pelas costas sempre existiram e vai continuar assim, a não ser com as crianças.
Engraçado. Porque será que criança é sempre sincera né? Sempre, os comentários ou perguntas curiosas, são as crianças que fazem. Com exceção de raríssimas almas adultas sinceras, as crianças nunca têm vergonha de perguntar. Conheci um cara, muito bacana, que começou a me chamar de “zóinho tortinho” (rsrsrsrs). Fiquei puta da vida com ele, mas pra variar não tive coragem de dizer que não gostava do apelido carinhoso. Agora vejo, que era sincero e carinhoso mesmo. Não tenho que ter vergonha do que sou, de como sou. Ainda tenho constantes crises com isso, tanto que fui a um excelente médico há pouco tempo, mas morro de medo de entrar na faca.
A primeira e única vez que fiz uma cirurgia foi com 6 anos. Foi terrível! Sem contar as sessões de estimulação do nervo elevador, que eram muito dolorosas, com uma agulha insistente batendo incessantemente na minha frágil pálpebra de criança. As agulhadas não adiantaram. O jeito era a faca. Estava resolvido. A Paulinha ia entrar na faca.
Lembro como se fosse hoje, entrei naquele hospital e enquanto aguardava na sala de espera, assistia Tom e Jerry. Antes da operação o médico resolveu me levar à sala de cirurgia e me explicar como ia ser. Quando ele falou: “vai ser só uma picadinha”, não pensei duas vezes, saí correndo e fiz um escândalo homérico! Resultado: muda a data da cirurgia da rapariga, acalma ela aí, mãe!
Tudo bem, me enganaram mais uma vez, e não deu pra escapar. No dia e no hospital combinado, lá estava eu, deitada naquela mesa, mas nem foi tão ruim. Nem teve picadinha. Apaguei e só fui acordar num quarto, com um moleque danado que tinha operado da fimose e não deixava a enfermeira em paz, de um lado, e do outro, um bebê com uma cabeça enorme, acho que era hidroencefalia (pois é, aí já comecei a perceber que tem sempre alguém com um problema maior que o seu).
A cirurgia foi feita, e foi uma festa, literalmente. Todas as minhas tias me esperavam ansiosas na minha casa, com presentes e as comidinhas que eu mais gosto. Nem foi tão ruim. E nem fez tanta diferença.
Tinha que ter entrado na faca de novo aos 15, mas não tive coragem. Se soubesse o que sei hoje, teria feito um segundo escândalo aos 6 anos. O médido foda que visitei há pouco tempo disse que talvez seja difícil consertar o que fizeram comigo aos 6 anos. Afinal, a medicina e as técnicas avançaram muito. Talvez, quando eu criar coragem e tiver grana, eu faço de novo.
Mas tudo bem, por enquanto, vou continuar com a minha ptose aqui. Minha companheira e minha inimiga. Minha mãe sempre disse (pra me animar) que isso é o meu charme, minha marca. De certa forma, concordo, porque sei que também sou ponto de referência, assim como os gordinhos (rs). “A Ana Paula, lembra?”. “Que Ana Paula?”. “Aquela do zóinho tortinho”. Tudo bem! Podem falar o que quiser, não ligo mais, agora eu tenho uma benga!

Cazuza

Mais um beeeem atrasado... (rs) É que o poeta é tão bom que não dá pra perder a oportunidade.

Dia dos Namorados

Todo dia em qualquer lugar eu te encontro
Mesmo sem estar
O amor da gente é pra reparar

Os recados que quem ama dá
Hoje é o Dia dos Namorados
Dos perdidos
E dos achados

Se o planeta só quer rodar
Nesse eixo que a gente está
O amor da gente é pra se guardar
Com cuidado pra ele não quebrar
Hoje é o Dia dos Namorados

Todo mundo planeja amar
Banho quente ou tempestade no ar
O amor da gente é pra temperar

As coisas que a natureza dá
Diz que a era é pra sonhar
Que na terra é só simplificar
O amor da gente é pra continuar
E a nossa força não vai parar

O amor da gente é pra continuar
E a nossa fonte não vai secar
Porque o amor da gente vai continuar


E como diria outro poeta: nosso amor é "pra temperar os sonhos e curar as febres"

sábado, 14 de junho de 2008

Mais um

Vê se dá pra não se apaixonar: “Pra começar bem esse dia dos namorados eu quero dizer que te amo e pretendo te dar uma dentadura no dia dos namorados de 2065! Só pra você continuar tendo esse seu sorriso encantador!”
(pausa pro suspiro)
Não tinha como ser melhor, romântico e bem humorado! Esse é o meu oásis! Sempre me surpreende... acho que é por isso que todos esses anos passaram como se fossem meses. Fiquei sabendo que foi um acordo, uma conspiração do universo pra que essas duas almas se encontrassem, a missão a gente ainda não sabe, talvez seja mais simples do que a gente pensa, mas só sei que esse acordo tá valendo muito, o melhor acordo que podiam ter feito por mim!
Tudo bem que essa declaração tá um pouco atrasada, mas sei que ainda vale!
Fiz o favor de apagar o e-mail mais legal que já escrevi, mas pensei numas coisinhas que acho que também valem...
Nesse dia dos namorados só quero dizer: você é luz, é raio, estrela e luar, manhãs de sol, madrugadas com chuva, pra dormir abraçadinho...
E nos dias nublados é você que faz o sol aparecer... Você é algo assim, é tudo pra mim, é muito mais do que eu pensava, do que eu esperava e do que eu sonhava, aliás, nos meus sonhos você sempre está...
Você é a escada da minha subida, você é o amor da minha vida, você é quem me faz crescer e ser feliz... Por você eu iria a pé de Mogi a Salvador, tomaria banho gelado no inverno, por você talvez até deixe de beber (rs)... Carro sem estrada, queijo sem goiabada, sou eu assim sem você, você é o chocolate do meu brigadeiro, você é o queijo do meu macarrão...
Ainda bem que você vive comigo, porque senão como seria essa vida, sei lá, ainda bem que você me dará uma dentadura de presente em 2065 (rs)...
Neste instante, estou pensando em você, pensando em nunca mais pensar em te esquecer, porque nas lembranças do meu futuro bom, você também sempre está... Nas nossas conversas, quando eu digo te amo, você só acredita quando eu juro, eu lanço minha alma no espaço, você pisa os pés na terra, mas pra que manter os pés no chão, se todo mundo quer voar, e eu quero voar com você...
Eu não me inspiro sem você, sem você eu não me inspiro, sem você a vida é tão sem graça... Esse amor que a gente mesmo escreveu, que foi guardado sem pensar, nas linhas de um desejo meu, e meu desejo é te fazer feliz...
Diga a verdade ao menos uma vez na vida, você me ama... e eu me apaixonei pelos seus erros, e desde então não estou pela metade, eu me apaixonei perdidamente pelos seus erros, eu perdi a chave, mas que cabeça a minha, agora vai ter que ser para toda a vida... Seu amor seca hidrelétricas, seu amor esquenta os átomos e “arregaça” com a minha métrica (rs)...
Começou de súbito, com um olhar e nesse olhar meu coração se iluminou, eu reparei nas vírgulas, nos pontos de exclamação, nos de interrogação, e eu sempre te achei o máximo...
Diga sim, sim, sim, sim, sim ao menos uma vez, a vida inteira eu quis alguém pra perguntar, vamos casar, ter filhos, vamos pra cachoeira, vamos fazer um filme, ganhar estatuetas, porque na primeira fila eu sempre vou estar...
Se é amor tem desencontros, amar também um contra o outro e lutar sempre por esse amor que morre e reacende, sempre melhor, descobri que não existe o amor, apenas provas... O que falta cega pro que já se tem, eu não te completo, você não me basta, mas é lindo o gesto de se oferecer, dê vários sorrisos e seja sempre você...
Será que fui eu que ali entrei sem sequer pedir a menor licença, mas sou assim mesmo, entro sem pedir...
A gente só queria um amor, Deus parece às vezes se esquecer, esse é só o começo do fim da nossa vida, prepara a avenida que a gente vai passar, eu cansei da nossa fuga, já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas não ter o seu lugar, vou abrir as janelas, vou deixar o sol me ver, vou deixar o céu ver que sou muito feliz...
Ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida, a gente nunca sabe o rumo que iremos tomar, então presta atenção querido, disseram que são os detalhes que fazem toda a diferença...
Se eu ainda soubesse como mudar o mundo, eu voltaria atrás no tempo, eu não te deixaria preso no passado e arrumaria um jeito pra você estar sempre ao meu lado, eu não te deixaria desistir tão fácil e não te negaria nenhum abraço, acho que eu preciso de um abraço (rs)...
Sinceramente, você sempre pode se abrir comigo, honestamente eu só quero te dizer que eu acertei o pulo quando te encontrei, esse foi o pulo mais legal que já dei, gostei do seu charme e do seu groove, gostei do jeito como rola com você, gostei do seu papo e do seu perfume, adorei o jeito como eu rolo com você...
Você me fez sentir de novo o que já não sentia mais, você me faz tão bem... Ouça... As palavras de um futuro bom, contempla esse momento é coisa rara, preciso tanto aproveitar você... Esses são só pedaços de canções e pensamentos soltos, pode parecer bobagem, irrelevância diante da eternidade do amor de quem se ama, mas são pra você...
Nesse tempo todo tanta coisa se amou, se refez, se perdeu, se conquistou, nosso orgulho um do outro, como quem dissesse não queremos mais nada nesse mundo, valeu a pena cada lance e valerá, tenha certeza, pra toda a vida!
Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?
Todo o meu tempo, todo o meu zelo, todo o meu prédio já sabe que eu tenho um amor, tudo o que sempre causava dor e medo se foi, foi por te ver andando reto entre tudo o que há de incerto em mim, que eu sempre te quis assim!
Sou mais eu porque sou você!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Vai filé, coração?

Percebi que esse blog veio bem a calhar... acho que é porque aqui é permitido ser qualquer pessoa e dizer qualquer coisa, sem vergonhas, sem pudores e sem arrependimentos, pelo menos pra mim. Posso mudar de idéia mais pra frente e apagar uma linha ou outra do que estiver registrado, conheço pessoas que fizeram isso, talvez pra encobrir alguma coisa que disseram de errado, ou pra esconder de alguém um sentimento que não deveria nem existir. Enfim, digo, agora, que não pretendo apagar nada do que eu colocar aqui, doa a quem doer (mesmo que doa em mim).
Conversando com o “tudo de bom” (em outro post eu explico o apelido) chegamos a conclusão de que blog, hoje em dia, tá que nem perfil do orkut: todo mundo tem. Vi que a Internet realmente permite tudo. Você dificilmente vai saber se a pessoa que está do outro lado é ela mesmo... rs. O fato é que parece que aquele pensamento ou sentimento guardado a sete chaves, pode vir à tona, sem preconceitos.
Por falar em pensamentos, o que mais tenho feito ultimamente é pensar! Vejo cada coisa, que só pelo amor do amor divino viu! E o que me resta é pensar...
Como o ser humano, no caso, os homens são... são... sei lá. Qualquer palavra que eu colocar aqui não vai descrever o que tenho pensado quando vejo e ouço certas coisas. Aliás, muitas vezes gostaria que meus olhos fossem uma câmera...
Bom, voltando aos homens! Todos eles são iguais mesmo. Não se engane, quando alguma mulher diz que nenhum homem presta, não duvide. E também não pense que a tal é mal-amada, encalhada ou mal-resolvida. Não! Isso é um fato: homem é tudo igual, sem exceções! É claro, que existem nuances, uns prestam um pouco mais que outros, mas a essência nunca vai mudar.
Mulherada, conformem-se!
O homem é capaz de olhar pra uma nova bunda, aliás, pra várias bundas como se fossem a primeira e a última e sem que uma interfira na outra. Não tenho nada contra bundas, que fique claro. Mesmo porque também percebi, que sou uma dessas que eles olham sem compromisso. Por sinal, 1 metro e 1 de uma bela bunda que pertence a mim, ao “tudo de bom” e a todos os outros homens, ou pelo menos aos olhos de todos os outros homens.
Claro que é bom se sentir desejada, mesmo porque eu sempre fui um “patinho meio feio”, então qualquer elogio depois de ter me transformado numa mulher um pouco mais interessante e bem cuidada parece demais, mas enfim, é bom sentir que você ainda dá um caldo...rs. Mas vamos combinar que ninguém merece aquele olhar que a gente costuma ver no National Geographic, sabe? Quando o leão está prestes a dar uma dentada no pobre cervo? Pois então, esse olhar!
P... que pariu! Nessas horas sinto que podiam colocar um gancho nas minhas costas e me pendurar junto com as outras mulheres na mesma situação. “Vai filé, doutor?”
Me sinto como um pedaço de filé! Mulher filé... acho que já ouvi essa expressão em algum baile funk da vida.
Também não tenho nada contra o filé... o problema é o modo como somos abordadas, muitas vezes. Os homens são capazes de ficar “secando” o filézão, mas não são capazes de nenhuma gentileza, como ajudar o pedaço de carne com a janela emperrada do trem, por exemplo. É o fim!
Mas tudo bem, as bundas e os filés conseguem se virar bem sozinhas, também já tá provado! Mas que é bom quando encontramos um homem que preste um pouquinho mais e que não te chame de “ô gracinha”, “ô princesa”, “ô fofura”, ou qualquer outro apelido de pedreiro, isso é! Como já falei uma vez, homens assim são o oásis no meio do deserto! Acho que encontrei o meu. Tudo bem. A essência continua sendo a mesma, o leão vai sempre querer dar a dentada no pobre cervo, e o fato desse “oásis” olhar pra todas as outras bundas também não vai mudar, mas dá pra achar que ele é a única exceção!

Me deixa ser...

Depois de mais uma tempestade, de mais um tufão, de mais uma prova de que a maldade e a inveja existem, levantei, olhei pra frente e vi que “ainda tenho minhas asas tão fortes, que até posso te levar comigo”.

Não sou a perfeitinha, certinha, boazinha, mas não entendo porque tem gente que faz questão de ter o que é dos outros... fúria... tristeza e decepção. Frustração por ter entrado na dança e feito o jogo de quem não merece o mínimo de consideração e nesse deslize coloquei tudo a perder e quase perdi!

Medo, muito medo. Sinceramente, às vezes, gostaria de ser uma pedra, uma rocha inabalável, sem sentimentos, sem coração, mas não sou! E naquele momento, o coração bateu mais forte, sentiu uma dor nauseante e chorou. Chorou como uma criança perdida!

Sei que tem uma ferida aberta, e por mais que cicatrize a marca estará sempre lá... confesso que as marcas que gostaria de deixar não eram bem essas, só peço que lembre das marcas que realmente trouxeram felicidade, das marcas que deixei com todo o amor que é possível sentir, as marcas que fazem a vida valer a pena, sempre!

Mas as melhores marcas que ficaram mesmo são as que eu consegui deixar dentro de mim. Se sou igual a todo mundo e só aprendo na base da porrada, tudo bem, já aprendi. Aliás, estou aprendendo, muito! Aprendi a ser mais tolerante, a não esperar tanto dos outros, quando na verdade a única pessoa que não pode me decepcionar, sou eu mesma. Aprendi, mais uma vez, que quando você muda o resto do mundo também muda.

Tô conhecendo uma Ana Paula totalmente diferente, desprendida, desencanada, otimista, feliz! Mas principalmente conheci uma Ana Paula que me deu orgulho, uma Ana Paula forte. Mas não como antes, de achar que seria capaz de passar por qualquer provação. Essa é diferente, é forte mesmo!

Descobri que não sou absoluta na sua vida, mas sou necessária! Descobri que posso viver sem você, mas eu não quero!E tudo isso acalmou meu coração de criança. Esse coração que é capaz de tanto amor que... vixi, nem dá pra medir! rs

Te amo e sei que você é meu caminho. Me deixa ser sua luz e nunca mais terá medo!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Talvez...


Estou só, mas me sinto tão bem. O que eu queria fica pra próxima, quem sabe na próxima eu me sinto bem. Também ficou pra próxima a vontade de te ver, mas queria que estivesse comigo pra podermos deixar pra próxima o desejo de estarmos juntos.

Em pleno movimento, estou aqui, parada, esperando. Esperando a próxima vez que essas pessoas vão resolver falar sobre o que lhes faz bem. Agora percebo que talvez não esteja tão só como antes. Não é você, mas parece que neste momento está fazendo parte da minha vida.

Em pleno movimento, aqui parada, esperando, sinto que gostaria de fazer parte dessa vida e me sentir bem, mas me sinto bem...

Talvez na próxima poderei fazer parte dessa vida e me sentir bem, mas estou com fome.

Pouco tempo se passou mas parece uma eternidade e tanto tempo ainda tem pra passar, que percebo que ficarei aqui, em pleno movimento, parada, pro resto da minha vida, ou até o tempo acabar, o telefone tocar, as palavras existirem e você chegar, se você quiser se sentir bem assim, como eu ou se apenas quiser ficar aqui, como eu, parada, em pleno movimento.

Talvez você não queira.

Em pleno movimento, parada, penso como seria se eu estivesse fazendo parte dessa vida. Talvez estaria bem, sem fome, sem pensar no tempo ou no fim do tempo. As pessoas mudam e eu continuo em pleno movimento, parada. Talvez seja o momento de me levantar e achar que meu tempo acabou, mas não posso.

Imagino que o tempo é relativo, e só me resta o resto do tempo que falta pra poder me levantar e ter certeza que o tempo que restava realmente acabou.


Depois de toda essa loucura, vou me sentir bem, sem fome, sem medo, sem dor e sem tempo. Ou posso continuar parada, em pleno movimento e deixar tudo isso pra próxima.


Essas alucinações, como bem disse a sábia oriental, foram escritas há muito tempo atrás, num lugar muito, muito distante... rs

quarta-feira, 4 de junho de 2008

(re)Começo

Finalmente, entrei no mundo dos blogueiros... pode parecer meio clichê dizer uma coisa dessas, mas acho q essa bagaça vai mudar a minha vida! Se não mudar a vida, pelo menos o meu mundo vai ficar um pouquinho diferente. Meu maior problema em ter um blog (por isso demorei tanto a fazê-lo) é que frequentemente tenho esgotamentos criativos... rs
Em compensação, às vezes, tenho rompantes de criatividade que até parece que não sou eu... então, pretendo mostrar aqui, um pouco de quem não sou!

Pra começar:

Algemas da paixão. Será?
Por que será que as pessoas, algumas pelo menos, teimam em dizer
que namoro é prisão? Ou então que é a sentença de morte (pra se enforcar no casamento)? Durante quase 7 anos (namorando a mesma pessoa), Luana nunca teve essa sensação, talvez por sempre achar que o relacionamento não é um contrato, com cláusulas, regras e cobranças. Por outro lado, Roberto já ouviu aquele comentário clássico: "Nossa! Você é muito novo pra se prender!". Claro, que depois de um comentário desse, veio uma crise. A "síndrome dePeter Pan", bem comum nos dias de hoje, que se caracteriza pelo medo de crescer e assumir as responsabilidades que isso acarreta. Mas não foi suficiente pra destruir o que havia sido construído. Se a pessoa não tiver o mínimo de confiança e certeza de seus sentimentos, ela acaba sucumbindo a essa pressão. Pra começar, se você gosta de sair, dançar, conhecer pessoas, se divertir,não vai arrumar um(a) namorado(a) que fique enfurnado dentro de casa todosos finais de semana. Aquela velha história de que os opostos se atraem, parece não ser muito verdadeira. Alguma semelhança tem que ter, senão o caldo entorna! Calma, não queremos aqui, dar a receita de como ser feliz no amor (mesmo porque essa receita não existe, pode acreditar!), só algumas dicas ou constatações baseadas no amor de Luana e Roberto. Os apaixonados de hoje estão com a péssima mania de achar que o namoro continua nos mesmos moldes de antigamente, em que existia um certo machismo, a mulher não tinha tanta liberdade e que as pessoas tinham que perder sua individualidade para manter uma relação. É óbvio, que num relacionamento deve-se abrir mão de certas coisas e relevar outras, mas ninguém é obrigado a seguir algum padrão. Um dos fatores mais importantes é dar o devido valor ao namoro... Quando nossa amiga Luana começou a achar que sem ele não conseguiria viver, a luz do perigo acendeu. Dá pra perceber que quando a pessoa coloca seu
relacionamento acima de qualquer coisa, inevitavelmente, acaba perdendo sua personalidade, se afasta dos amigos, deixa de fazer as coisas que gosta, de ir aos lugares que freqüentava antes e passa a viver em função da vida do outro, faz coisas que não gosta só para agradar. E não é bem assim que a banda toca. Colocar sua felicidade inteiramente nas mãos do outro(a), pode parecer ultra-romântico, mas além de demonstrar fraqueza e baixa auto-estima, pode se transformar num peso nas costas do eleito. Isso ela aprendeu rápido. Mas Luana cometeu outro grande erro... Achou que tinha encontrado o príncipe encantado, quando na verdade todos cometem erros e têm imperfeições. O senhor garboso montado num cavalo branco, definitivamente, não existe. E quando ela aprendeu a também abrir mão de algumas expectativas para lidar com uma pessoa real, percebeu que Roberto era perfeito... Pelo menos pra ela. A história dos dois é longa, mas já dá para ter uma noção de que namoros, casamentos e afins não precisam, nem devem ser encarados como prisão. A história de Roberto e Luana é longa, cheia de nuances, aventuras, dramas, mas o principal: cheia de respeito, confiança e muito, mas muito bom humor. Afinal, você já viu alguma pessoa mal humorada se dar bem no amor ou ser sempre lembrada nos programas entre amigos? Portanto, vá logo mudando essa cara e encarando o namoro de uma outra maneira. Se as coisas irão mudar depois do casamento, isso já é uma outra história...