quinta-feira, 3 de julho de 2008

Mulher e o futebol: 10x2

Acordo (depois de uma imensa dor de cabeça) com o grito de gol! Despertador melhor que esse só o beijo do príncipe encantado, e olha que não acredito em príncipes encantados. Acordo feliz, afinal, foi um gol. Não foi um golaço, como aqueles que estamos acostumados a ver no futebol europeu, mas foi um gol. Despertei bem feliz.
E quem disse que mulher não gosta de futebol? Eu gosto, e muito. E quem disse que mulher não entende de futebol? Eu entendo, e muito. Na minha família deve ter ocorrido algum erro... As meninas são loucas por futebol e os meninos mal sabem o que é um escanteio.
O cara que casar comigo vai ter muita sorte porque além de ter uma ótima companhia pro estádio e pros jogos, vai ter com quem jogar aquela partida alucinante de WE e Fifa Street, vai ter companhia na hora daquele papo futebolístico acompanhado de uma boa cerveja. É, eu também gosto de cerveja. Sou quase um homem, assim como as mulheres do Irã que gostam de futebol.
Assisti a um filme iraniano, Fora do Jogo, que contava a saga de garotas que, talvez gostem de cerveja, mas que gostam mais de ver 22 homens correndo atrás de uma bola, e que por questões culturais machistas (que prefiro não comentar), são proibidas de ir aos estádios.
Ainda bem que sou brasileira, o país do futebol, paixão nacional. Ainda bem que não sou iraniana. Se fosse, faria como as protagonistas do filme, me vestiria de homem e tentaria de qualquer maneira ver de perto uma decisão daquelas ou qualquer amistoso que o valha, futebol é sempre futebol.
Se fosse iraniana (ainda bem mesmo que não sou) dificilmente sentiria uma das maiores emoções da minha vida. Entrar num estádio, ver aquele campo iluminado, palco de um dos maiores espetáculos que o homem é capaz de produzir, estar no meio da galera, na arquibancada que é pra sentir mais emoção, com a vibração da torcida, é de arrepiar. Já tive a oportunidade de ver um jogo na cadeira cativa, puta coisa sem graça. Todo mundo sentado, comportado, é raro ouvir um bom palavrão. Puta que o pariu! Foi foda! O melhor é arquibancada, no meio da torcida... É do caralho! rs
Futebol é paixão sim e assistir a esse espetáculo de frente pro palco é como lavar a alma. Você pode falar os palavrões mais cabeludos, aqueles que dá gosto de ouvir. Lá você pode ser você e colocar pra fora todo o estresse acumulado. Ver uma boa partida de futebol é como sexo, que também desestressa. Aliás, já li algo sobre isso. Dizem que futebol é melhor que sexo, afinal, quando que fazendo sexo você consegue um 5x0 não é mesmo?
Não acho. Futebol é como sexo, mas não é melhor. Homem que pensa assim, é com certeza um coitado e deveria ir correndo comprar uma boneca inflável. O homem dificilmente vai meter 5x0, o gás geralmente acaba bem antes. Mas meu amigo, a mulher, com certeza faz 10x2 fácil! E não estou falando de futebol...
Futebol pro homem depende da vitória do seu time de coração. Porque quando seu time perde, ele fica com um mau humor terrível. Podemos dizer que pro homem ver o time perder é como brochar.
Pra mulher a coisa é muito diferente. Mulher que gosta mesmo de futebol não fica mal humorada se seu time do coração perde. Na hora, é lógico que fica aquela decepção, afinal é maravilhoso ver seu time jogar bem e ganhar, mas pra mulher a vida continua linda, como se ela tivesse tido orgasmos múltiplos por ter visto uma boa partida de futebol.
Homens, cuidado quando seu time perder. Da mesma forma que você não gosta da sua mulher na TPM, ela com certeza, não gosta de te ver mal humorado porque os 11 caras perderam o jogo e você brochou. É bom ter cuidado, porque se a chatice persistir, é capaz dela procurar o torcedor feliz do time adversário pra tentar ver um resultado um pouco mais satisfatório, como um 10x2, por exemplo.

Mais uma da benga

Pois é! Tenho uma benga mesmo. Preciso contar o ocorrido do último fim de semana. Fomos, eu e mais 3 amigas, a um bar, muito bacana por sinal, banda tocando ao vivo, um pessoal nem tão feio e nem tão bonito (o povo dessa cidade é assim), cervejas e muita risada. Nós temos esse dom, de rir muito de qualquer coisa, e como isso é bom!
Enfim, a certa altura da noite, uma das amigas já tinha se arranjado (rs) e ficamos as outras três bebendo, dançando e rindo (pra variar). Percebi uma movimentação diferente de um pessoal que estava bem na nossa frente, numa mesa. O detalhe é que era um povo mais pra feio do que pra bonito, não é despeito, é verdade mesmo.
Digo que não é despeito, porque eu percebi que eles estavam justamente falando de mim. Exatamente. Um deles (o mais feio) comentava alguma coisa, olhava pra mim e ria, não necessariamente nessa ordem. Foi quando, eu muito esperta, prestei atenção ao que estava acontecendo e vi que a única menina da mesa (nem tão feia, nem tão nada) fez um comentário singelo: “o bom é que ela fica dando uma piscadinha permanente”. Não foram essas as palavras, mas algo assim.
Não agüentei. A vida toda eu sempre fiquei calada quando sabia que rolava esse tipo de brincadeira com a minha companheira, na verdade quem sempre me defendia, principalmente na escola, era meu irmão mais velho. Mas agora, não mexe com ela que eu viro o bicho, agora eu posso. A benga é poderosa mesmo, não pensei duas vezes e com certeza, acabei com a noite daquelas pessoas. Se não acabei, pelo menos as deixei bem constrangidas.
No momento em que ouvi o comentário, fui até a mesa e falei: “Vocês são bem lindos pra ficar falando dos outros não é mesmo?”. Eles ficaram com cara de ué, e o feinho autor principal dos comentários me perguntou o que eu tinha falado. E eu, bem educada fui até o ouvidinho do rapaz e falei de novo: “Você é lindo pra fazer comentário da aparência dos outros né? Por acaso, você já se olhou no espelho? Faz o seguinte, vai agora no banheiro e dá uma olhadinha rápida, você é muuuuuuuuuuito feio!”
E foi com essa entonação no ‘muuuuuuuuuuito’ que eu falei. O melhor é que não fiquei nervosa, pelo contrário. O desprovido de beleza, é óbvio, fingiu não entender do que eu estava falando e fez uma cara de: “Ué, ela é louca!”
Claro que depois disso fiquei um bom tempo encarando as figuras, pra ver se teriam coragem de continuar o papo, e é claro que não tiveram. Ficaram muito sem graça. A garota não sabia pra onde olhava e o clima ficou um pouco tenso entre eles por alguns minutos.
Pra mim, o clima foi ótimo. Senti que sou muito mais eu. Na hora lembrei que tenho um namorado gato, e muitos outros que gostariam de usufruir dessa que vos fala. Nunca tive problema em paquerar e ser paquerada, aliás, mesmo depois de tantos anos de namoro, vejo que ainda dou um bom caldo e constantemente tenho o meu ego inflado por causa de olhares e elogios cheios de segundas intenções. Eu, claro, sempre retribuo com uma piscadela marota! (rs)
É claro que esse foi apenas um dos episódios marcantes naquele dia, não vou contar os outros aqui pra não queimar o filme de algumas pessoas (rs).
Esse também foi um episódio que deu uma lavada na alma e uma fortalecida boa na minha auto-estima e confiança no meu taco... Ops, na minha benga! Vi que sou muito mais forte do que eu imaginava mesmo.
Mas ainda tenho minhas fraquezas. Foi só chegar em casa depois e me deparar com o espelho (depois de algumas cervejas e a consciência não tão consciente assim) pra me debulhar em lágrimas. No outro dia me arrependi. Não tanto por chorar pelo que aconteceu, mesmo porque lavei meu canal lacrimal como há muito tempo não fazia, mas por ver que ainda tenho muitas fraquezas e que tenho muito que aprender comigo mesma.
Aprendi que não é o espelho que é cruel, eu é que sou.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Não enche, você me dá dor de cabeça!

Esgotamentos criativos. Eu avisei que tenho isso constantemente... Não me venha com essa pressão dizendo que eu tenho que escrever.
“Agora você tem um blog, tem que abastecê-lo com idéias, pensamentos, coisas bacanas. Se não escreve, desativa essa merda então!”.
Não enche! Já falei que eu tenho idéias e escrevo quando eu quiser, a hora que eu quiser e sobre o que eu quiser. Não estorva! Você me dá dor de cabeça, sabia? Me irrita com esse papo de que só porque agora tenho um blog, sou obrigada a ter idéias a todo momento e expô-las pra quem lê essa bagaça aqui! Estrupício! Vai te catar!
“Vai sua ingrata... Fica me xingando, a sua sorte é que não depende desse blog pobre de idéias pra viver, senão estaria como ele, pobre!”
Pois saiba que sou uma pessoa muito criativa, tenho sempre ótimas idéias. Aliás, acabei de ter uma genial nesse instante, vou apagar você da minha vida, volta pro mar oferenda! Não preciso de alguém me enchendo os picová, dizendo o que tenho que fazer ou como cuidar do meu blog. Fala sério! Você é camarada desse mala que tá aqui né? Sabia! Vocês são bem parecidos mesmo, chatos! Ô cara chato!
Sabe aquelas pessoas que só enrolam? Adoram arrumar um emprego como esse só pra enrolar? O pior de tudo é que esse tipo geralmente acha que todo mundo é assim. Esse cara, por exemplo, não consegue parar de falar. E não é exagero. Não mesmo. Quando ninguém mais tá interessado no seu papo sem assunto, percebi que ele inventa alguma coisa pra falar sozinho.
“Nossa, como você é baixa. Tá me comparando a esse ‘quase’ inútil? Quando tiver em apuros precisando de mim, espera a minha ajuda sentada. Me comparou com um idiota nojento que só enrola? Eu não enrolo, pelo contrário, sempre vou direto ao ponto, é você que nunca me ouve. Mas tudo bem, o mundo dá voltas. Ainda vai precisar de mim, e quando eu parar de falar vai sentir tanta falta que vai pedir chorando pra eu voltar.”
Tudo bem, se isso vai realmente acontecer, eu não sei. Só sei que agora você tá como esse chato. Quero longe, bem longe de mim. Você me dá dor de cabeça!