segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A história desse amor

Acho que vale a pena contar aqui a histórinha de amor da minha vida. É que hoje comemoramos 7 anos do nosso primeiro beijo. Quem diria né? Que um beijo inocente daria nisso... Bom, o beijo não foi tão inocente assim, ele aconteceu cheio de segundas e terceiras intenções.
Começou num olhar. E nesse olhar eu me apaixonei e me derreti. Claro que não pensei isso na hora, mas sei que lá no fundo alguma coisa se acendeu, alguma coisa aconteceu aqui dentro e eu já sentia que seria um grande amor.
Me apaixonei no primeiro olhar, mas não sabia. Depois de alguns desencontros, encontrei, finalmente, a alma que procurava.


A histórinha começa quando o garoto (que atirava pra todos os lados, temos que admitir) finalmente começou a ver a garota com outros olhos. Ele tentava, dava indiretas mais do que diretas, provocava... E ela, correspondia. Timidamente, é claro, já que vivia o seu desencontro e não queria ferir os sentimentos do outro rapaz.
Até que um simples chocolate mudou tudo. O garoto ofereceu o mimo à garota, e ela não desperdiçou a oportunidade. Disse adorar chocolate e que com esse gesto ele merecia um beijo. No rosto. Mas se ele a trouxesse um bolo (enorme) de chocolate, aí sim, ele mereceria um beijo de verdade.
Depois dessa aposta-promessa (com testemunhas e tudo), a garota percebeu que já não tinha mais como escapar. O jeito era brindar o desencontro e deixá-lo pra trás. Deixar o outro rapaz ser feliz com quem realmente o amasse, afinal, a garota não o amava. A garota já tinha seu coração totalmente tomado pelo garotinho atirador.
Livre, ela pôde finalmente se dedicar ao seu novo objetivo. Conseguir o seu tão querido pedaço de bolo.
Ela espera esse bolo até hoje, mas o beijo, esse sim aconteceu. Depois de 5 horas de conversa, ela tomou a situação pra si, se encheu de coragem e o beijou. Um beijo, bom, cheio de carinho, de querer, de paixão, de segundas e terceiras intenções. Sinos não tocaram nesse momento, mas nem precisava.
O beijo foi maravilhoso, mas a garota ainda estava confusa com o seu desencontro. Não queria correr o risco de se desencontrar outra vez. Que boba.
Ela não sabia que quando o coração manda, a cabeça, coitada, vira refém. Mas mesmo assim, ela ainda tentou lutar contra o coração. Mas pra que?
Nem ela sabia.
Foram 10 meses. O garoto tentava de todas as formas conquistar e namorar a garotinha. E ela sempre se esquivava.
Até que um jogo de futebol e um pé quebrado mudaram todo o rumo da história. Com o pé quebrado o garoto não poderia passear com a garota durante as férias. Ou ela iria visitá-lo ou estaria tudo acabado. Como eu disse, quando o coração manda, a cabeça vira refém. E lá foi ela. De encontro a um grande encontro.
“Essa é uma amiga do garoto do pé quebrado”. Como assim? Amiga?
“Não, não sou só amiga. Eu sou a mulher da vida dele. Tá bom senhor coração. Você venceu”.
E foi assim. Acabou a briga da cabeça, da razão contra o sábio coração que já batia pelo garoto desde aquele primeiro olhar.


Agora eu sei que todos os meus desencontros me levaram até você. Pra você eu dei meu coração e coloquei minha vida em suas mãos (isso até parece música). Calma, não precisa se assustar, nem sentir o peso de tal responsabilidade. Tudo isso é muito mais simples do a gente imagina.
Se o amor existe e é forte, é só se deixar levar.
Sei que o pedacinho que faltava se completou com aquele beijo. Desde então foram tantas coisas. 7 anos que esse jardim faz a vida da borboleta mais feliz.
Não dá pra lembrar aqui tudo o que vivemos desde então, mas dá pra imaginar o que ainda vem.
Termino esse post com uma das melhores frases dos últimos tempos: “tenho ciúme do seu passado, porque sei que o seu futuro será do meu lado”.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

E o caos se instala outra vez...

Tá dominado, tá tudo dominado (rs). Pois é, mais uma vez estamos sem Internet. Há um tempo foi o problema na incrível operadora de telefonia do estado de São Paulo, que deu tilt em todo o território paulista. Ficamos rendidos. No caso de onde eu trabalho isso acabou criando outro problema no sistema e ficamos ilhados por mais de 4 dias.
Depois, um problema de instalação na rua também nos deixou mais 2 dias sem acesso ao maravilhoso mundo da web. Dessa vez, o Tonhão, operador da escavadeira (nem sei se esse é o nome do cidadão, coitado) nos fez o favor de escavar justamente no local onde passa a tubulação com o cabeamento de Internet e telefone. Resultado: estamos mais uma vez ilhados e incomunicáveis.
E o caos se instalou. Isso aqui é um supermercado, onde as pessoas fazem compras e, na maioria das vezes, pagam com cartão. E geralmente essas pessoas, assim como o resto do mundo, andam sem paciência nenhuma. Coitadinha da atendente do balcão, tá tendo que ouvir os maiores impropérios, a mãezinha dela nem tem culpa do que aconteceu.
“Pedimos desculpas pelo transtorno aos clientes da loja de Brás Cubas. No momento, por problemas técnicos não estamos aceitando nenhum tipo de cartão. Para mais informações, vá ao balcão de atendimento.”
Coitada da atendente, vai continuar tendo que ouvir reclamações de clientes educadinhos e nada nervosos o dia todo, e quem sabe amanhã também. O problema é se isso não se resolver logo. O sábado tá chegando. O povo aproveita o vale que receberam pra comprar o leitinho das crianças e paga como? No cartão.
E não é só isso. Meu trabalho depende quase integralmente da merda da Internet. Merda? Não. Imagina. Internet é a evolução e revolução da tecnologia da comunicação entre os seres humanos.
Não consigo fazer minhas pesquisas pras matérias que tenho que escrever pro próximo jornal, nem fazer os contatos com entrevistados. Não consigo fazer o roteiro da programação de logo mais sem pesquisar nos sites de notícias. Mas pra que fazer roteiro se não tem transmissão da rádio? Afinal, a transmissão também é via Internet.
E aí, eu vejo o quanto estamos rendidos e vendidos. “Informatização, informatização, a máquina evolui e o homem fica paradão / informatização, informatização a gente se deforma e se conforma com razão”.
O jeito é dominar os joguinhos do Windows ou espremer mais o limãozinho aqui. Quem sabe não sai outro post agora mesmo?

Não deu pra escrever outro post, assim com tanta rapidez, a internet voltou. Portanto, vamo trabaiá!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Definitivamente, não sou eclética!

“Eu vou ficaaaar guardado no seu coração / na noite fria, solidão / saudade vai chamar meu nome”.
Jesuis! Que música é essa? Pelo amor do amor divino, alguém me socorre! Essa é a grande desvantagem de ser locutora e trabalhar numa rádio interna que tem por obrigação ser eclética.
Já li alguma coisa há um tempo sobre ser eclético, não me lembro onde. Quem escreveu dizia que odeia gente eclética, que essa gente é sei lá o que... Eu sempre me achei eclética, mas quando ouço uma pérola como essa:
“tirar de mim essa loucura / que é morrer de amar você / e assim eu dou um tapa na saudade / que tentar ficar”,
retiro o que eu disse, não sou eclética.
Também odeio quem tenta dar um tapa na saudade. Aliás, se alguém souber como se dá um tapa na saudade, fique longe. Já vi gente que gosta de tapa na cara, tapa na bundinha, tapa na pantera, mas na saudade, essa é nova.
Na verdade nem nova é mais, o lance agora já mudou, é apostar
“que sua paz vai revirar com a saudade / seu coração vai descobrir toda verdade/ na minha falta, vai buscar ajuda em Deus”.
Esse cara ainda não aprendeu a dar um tapa na saudade, coitado! Depois dessa quem tem que procurar ajuda em Deus, sou eu. Só rezando viu?
Eu dizia que essa era a grande desvantagem de ser locutora né? Conviver diariamente com tesouros da música brasileira como esses aí. Sou obrigada a ouvir, ouvir e ouvir. E de tanto ouvir já decorei. Quase todas. Quando começa aquele pagodinho “maroto”, dou um sorriso (de nervoso). Fico puta em ver como meu cérebro guarda as coisas. É impressionante. E assim, com a incrível capacidade do meu cérebro eu cantarolo todos os versos, refrões e rimas toscas mentalmente.
Mas nem tudo está perdido, existem vantagens. Neste exato momento, começa a tocar Amy Winehouse. Ela mesma, aquela que disse: “no, no, no” e fugiu da reabilitação pra dar um tapa na pantera. Música boa nessa rádio, assim como homem bonzinho, é um oásis no meio de um deserto imenso e aparentemente infinito.
Alegria de locutora pobre dura pouco, muito pouco. E as tais “vantagens” somem na mesma velocidade em que começa outra música bizarra:
“Alô? Olha, eu só tenho um minuto...”
Pra esse tipo de música não devia ter nenhum minuto, mas não dá pra tampar os ouvidos. O lance é entregar pra Deus. Falei Deus? Sim, tem até a mistura inusitada de Pe. Marcelo com Belo (o aprendiz de traficante), quer dizer, tinha. Ser eclético também tem limite e não se pode tocar músicas religiosas numa rádio eclética. Pode ofender algum cliente que é ateu, evangélico ou macumbeiro.
“Deus está aqui neste momento…” “…e ainda se vier, noites traiçoeiras / se a cruz pesada for, Cristo estará contigo / o mundo pode até fazer você chorar / mas Deus te quer sorrindo”.
Sorria, mas não me venha com sorrisos marotos.
O negócio é ficar com o que resta de bom nessa bagaça.
“Come on everybody, everybody, everybody / c c come on everybody / I’m gonna sing my song”.