sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Não quero mais o marrom

Resolvi mudar a cara desse blog. Aquele marrom-cor-de-papel-de-parede-da-casa-da-vovó me enjoou. Resolvi deixar mais limpo, mais claro e coloridinho. Que é exatamente como eu quero minha vida a partir de agora, limpa, clara e colorida!
Sei que é meio utopia de gente romântica demais pensar assim, mas me enchi dessa vida triste e marrom. Coitado, o marrom não tem culpa de ser marrom. Mas ao contrário do marrom, que não pode ser verde ou azul, eu posso muito bem mudar minhas cores como e quando bem entender.
Não sei como me deixei influenciar e ir ficando marrom aos pouquinhos. Fui negligente, mas só percebi que a coisa tava ficando marrom há pouco tempo. E ingênua, achei que continuava cor-de-rosa. Mas cor-de-rosa é tão chato. É tão... rosa! Mas marrom é bem pior.
A partir de agora prefiro a coisa colorida! Com vários tons, várias nuances e tomando cuidado pra não ficar numa só cor por muito tempo. E de preferência que não seja mais marrom. Quando a vida ta com uma cor confortável, a gente acaba se acomodando.
Às vezes, quando a gente ta vermelho, não consegue perceber outras cores que podem passar na nossa frente e só vê vermelho. A gente só perceberia outra cor se fosse uma cor berrante, chamativa.
Pura cegueira momentânea de gente acomodada.
A partir de agora quando passar um tom de amarelo bem claro vou fazer o possível pra prestar atenção e absorver um pouco dessa cor pra minha vida. E aquele azul marinho, o claro e o laranja com preto, que combina com qualquer coisa.
Percebi que não preciso de uma mudança muito grande logo de cara pra me sentir viva, mutante.
O amarelo clarinho também pode mudar a vida. Não só a cor berrante e chamativa.
Pronto! Ta decidido. Quero o colorido, o simples, o claro e o comum. Mas também quero ser um pouco mais anormal do que já sou. Quero que minha vida continue exatamente do jeito que ela é, mas também quero que mude tão depressa que não tenha nem tempo de ver a paisagem. Mas também quero parar e contemplar a paisagem.
Quero ver sempre as mesmas pessoas e quero ter certeza de que quando me der tristeza, angústia ou medo vou poder me agarrar a essas pessoas. Também quero poder me agarrar a outras pessoas que aparecerem no meu caminho.
E também quero o branco. Ah, o branco. Como disse o poeta / mestre da farinha: “com o branco não tem meias palavras, ou ta limpo ou não ta”. Quando quiser ser branco terei certeza que estarei limpa e clara. Mas quando o branco já não for mais branco, quero ser preto!
Preto é nada, e nada também é bom! Preto é bom. Preto é ausência. Ausência de cor. Mas também pode preencher e chamar a atenção do distraído desavisado.
Também quero ter o direito de sentir ausência, de me sentir vazia e de me sentir preto. Mas, nunca, de jeito nenhum, quero me sentir marrom outra vez!

Um comentário:

Anônimo disse...

Sim, às vezes tenho a impressão q o importante é sempre mudar de cor sendo a mesma coisa por debaixo da cor... Pq ser da mesma cor no fundo é medo de mudar o que vc é por de baixo dela... às vezes dá um medo danado do novo mesmo que seja de novo... mas a gente vai aprendendo...