quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Definitivamente, não sou eclética!

“Eu vou ficaaaar guardado no seu coração / na noite fria, solidão / saudade vai chamar meu nome”.
Jesuis! Que música é essa? Pelo amor do amor divino, alguém me socorre! Essa é a grande desvantagem de ser locutora e trabalhar numa rádio interna que tem por obrigação ser eclética.
Já li alguma coisa há um tempo sobre ser eclético, não me lembro onde. Quem escreveu dizia que odeia gente eclética, que essa gente é sei lá o que... Eu sempre me achei eclética, mas quando ouço uma pérola como essa:
“tirar de mim essa loucura / que é morrer de amar você / e assim eu dou um tapa na saudade / que tentar ficar”,
retiro o que eu disse, não sou eclética.
Também odeio quem tenta dar um tapa na saudade. Aliás, se alguém souber como se dá um tapa na saudade, fique longe. Já vi gente que gosta de tapa na cara, tapa na bundinha, tapa na pantera, mas na saudade, essa é nova.
Na verdade nem nova é mais, o lance agora já mudou, é apostar
“que sua paz vai revirar com a saudade / seu coração vai descobrir toda verdade/ na minha falta, vai buscar ajuda em Deus”.
Esse cara ainda não aprendeu a dar um tapa na saudade, coitado! Depois dessa quem tem que procurar ajuda em Deus, sou eu. Só rezando viu?
Eu dizia que essa era a grande desvantagem de ser locutora né? Conviver diariamente com tesouros da música brasileira como esses aí. Sou obrigada a ouvir, ouvir e ouvir. E de tanto ouvir já decorei. Quase todas. Quando começa aquele pagodinho “maroto”, dou um sorriso (de nervoso). Fico puta em ver como meu cérebro guarda as coisas. É impressionante. E assim, com a incrível capacidade do meu cérebro eu cantarolo todos os versos, refrões e rimas toscas mentalmente.
Mas nem tudo está perdido, existem vantagens. Neste exato momento, começa a tocar Amy Winehouse. Ela mesma, aquela que disse: “no, no, no” e fugiu da reabilitação pra dar um tapa na pantera. Música boa nessa rádio, assim como homem bonzinho, é um oásis no meio de um deserto imenso e aparentemente infinito.
Alegria de locutora pobre dura pouco, muito pouco. E as tais “vantagens” somem na mesma velocidade em que começa outra música bizarra:
“Alô? Olha, eu só tenho um minuto...”
Pra esse tipo de música não devia ter nenhum minuto, mas não dá pra tampar os ouvidos. O lance é entregar pra Deus. Falei Deus? Sim, tem até a mistura inusitada de Pe. Marcelo com Belo (o aprendiz de traficante), quer dizer, tinha. Ser eclético também tem limite e não se pode tocar músicas religiosas numa rádio eclética. Pode ofender algum cliente que é ateu, evangélico ou macumbeiro.
“Deus está aqui neste momento…” “…e ainda se vier, noites traiçoeiras / se a cruz pesada for, Cristo estará contigo / o mundo pode até fazer você chorar / mas Deus te quer sorrindo”.
Sorria, mas não me venha com sorrisos marotos.
O negócio é ficar com o que resta de bom nessa bagaça.
“Come on everybody, everybody, everybody / c c come on everybody / I’m gonna sing my song”.

3 comentários:

Unknown disse...

AHUAHUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHUAHAUAHUAHAUH Boa!!!
Eu também achava que era eclética, mas quando percebi que as minhas lombrigas brigam quando ouço um pagode emo cheguei a conclusão que não sou tão eclética assim não, graças amém que eu não sou obrigada a ouvir essas coisas, assim quando toca nem sei quem tá cantando!!
Mas ce sabe né Ana, cada um com a sua maldição kakakakaka
Beijo!
Dani

Unknown disse...

E outra.. nem curto tapa na saudade, mas tapa na gaxeta é bom hein? AHUAHUAHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHA

Everton - Neguinho disse...

Oiiiiiiiiiiiii
vc não me conhece mas vou me
apresentar Meu nome é Everton
tbm trabalho no veran (escritório loja 07)
Adooorei seu blog sinceramentenão tenho costume de ler blogs pois geralmente são paginas e paginas
de coisa nenhuma mas o seu é diferente passei a noite lendo seu blog sem ver a hora passar...
parabens espero que vc atualize le sempre... muito bom pretendo vir ler ele novamente..
se isso não te incomodar
Beijão
Fik com Deus