quinta-feira, 5 de junho de 2008

Talvez...


Estou só, mas me sinto tão bem. O que eu queria fica pra próxima, quem sabe na próxima eu me sinto bem. Também ficou pra próxima a vontade de te ver, mas queria que estivesse comigo pra podermos deixar pra próxima o desejo de estarmos juntos.

Em pleno movimento, estou aqui, parada, esperando. Esperando a próxima vez que essas pessoas vão resolver falar sobre o que lhes faz bem. Agora percebo que talvez não esteja tão só como antes. Não é você, mas parece que neste momento está fazendo parte da minha vida.

Em pleno movimento, aqui parada, esperando, sinto que gostaria de fazer parte dessa vida e me sentir bem, mas me sinto bem...

Talvez na próxima poderei fazer parte dessa vida e me sentir bem, mas estou com fome.

Pouco tempo se passou mas parece uma eternidade e tanto tempo ainda tem pra passar, que percebo que ficarei aqui, em pleno movimento, parada, pro resto da minha vida, ou até o tempo acabar, o telefone tocar, as palavras existirem e você chegar, se você quiser se sentir bem assim, como eu ou se apenas quiser ficar aqui, como eu, parada, em pleno movimento.

Talvez você não queira.

Em pleno movimento, parada, penso como seria se eu estivesse fazendo parte dessa vida. Talvez estaria bem, sem fome, sem pensar no tempo ou no fim do tempo. As pessoas mudam e eu continuo em pleno movimento, parada. Talvez seja o momento de me levantar e achar que meu tempo acabou, mas não posso.

Imagino que o tempo é relativo, e só me resta o resto do tempo que falta pra poder me levantar e ter certeza que o tempo que restava realmente acabou.


Depois de toda essa loucura, vou me sentir bem, sem fome, sem medo, sem dor e sem tempo. Ou posso continuar parada, em pleno movimento e deixar tudo isso pra próxima.


Essas alucinações, como bem disse a sábia oriental, foram escritas há muito tempo atrás, num lugar muito, muito distante... rs

Nenhum comentário: