quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Não passe aperto com as contas no começo do ano
Pra te ajudar a se programar, o Jornal Veran conversou com a consultora e professora de finanças da FIA (Fundação Instituto de Administração) Tânia Cristina Silva Nunes, que aconselha aqueles que possuem dívidas “a usar o 13º para quitá-las, principalmente aquelas com altas taxas de juros, como as do cartão de crédito e cheque especial”.
Já pra quem está tranquilo, sem dívidas, a consultora sugere: “antes de gastar tudo em presentes e festas de final de ano, lembre-se de economizar uma parte para ajudar a cobrir os gastos do início do ano seguinte, como impostos (IPVA, IPTU), material escolar, seguros e anuidades”.
Comece o ano positivo
Anotar diariamente todos os gastos, mesmo aqueles menores como o cafezinho, por exemplo, pode ser um ótimo começo. “Para controlar seus gastos é fundamental conhecê-los. Muitas pessoas, sem se dar conta, comprometem boa parte da renda familiar com itens desnecessários”, alerta Tânia.
Conhecendo todos os seus gastos fica mais fácil administrá-los e conseguir a folga necessária nas finanças pra poupar e ter um dinheiro a mais para os gastos de fim de ano sem se endividar. Segundo a especialista, Tânia, “o ideal é que a pessoa comece a desenvolver o hábito de guardar uma parcela de sua renda todos os meses”.
Para os disciplinados que conseguirem controlar o orçamento a dica é investir. “Além da tradicional caderneta de poupança, há outros produtos financeiros acessíveis, mesmo pra quem só dispõe de pequenas quantias. Um bom exemplo são os títulos públicos, que permitem aplicações a partir de 100 reais, com remuneração superior a da poupança e baixo risco”, explica a consultora.
Os gastos de fim de ano, que principalmente as donas de casa conhecem bem, com festas, ceias, presentes, roupas e afins, podem deixar qualquer um de cabelo em pé. Por isso, tenha disciplina e gaste com sabedoria. Assim você começa o ano no azul, com todas as contas em dia e dinheiro no bolso. Quer maneira melhor de começar o ano?
Aprenda a controlar os gastos
Pra terminar 2011 numa boa, uma ótima maneira é elaborar um orçamento familiar, que deve contar com a ajuda de todos os membros da casa e começar em janeiro.
Faça uma tabela*, somando os rendimentos de todos os membros da família, aposentadoria e renda extra, se houver, e depois liste todos os gastos, começando pelos essenciais como aluguel, condomínio, água, luz, telefone, etc.
Liste também outros gastos como roupas, cabeleireiro, gastos do dia a dia, etc. Faça as contas subtraindo os gastos da renda total e o que sobrar pode ter dois destinos: uma parte pode ser investida, criando-se um hábito de poupar mensalmente e a outra parte pode ser gasta da forma que a família desejar. Afinal, se todos foram disciplinados merecem uma recompensa!
Mas se não sobrar e a conta bancária ficar no vermelho, sente, reveja os gastos e tente cortar os gastos com itens sem muita necessidade. Fique sempre positivo!
*O site www.meubolsoemdia.com.br da FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) disponibiliza o download gratuito de uma tabela diária e uma anual, pra ter todos os gastos diários e mensais na ponta do lápis.
Outras dicas:
- Procure pagar as contas em dia pra evitar a cobrança de multas por atraso e os juros.
- Sempre que possível, compre à vista, evitando os juros embutidos no parcelamento das compras.
- Se não conseguiu evitar uma dívida, não se desespere. Procure as melhores opções de crédito com as menores taxas de juros, como o empréstimo pessoal consignado, por exemplo, que costuma ter uma taxa muito menor do que a cobrada no cheque especial.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Será que vai chover?
Ultimamente essa cena tem sido frequente. É calor no inverno, tempestades de vento e granizo na primavera, muito frio no outono... Afinal, o que está acontecendo com o clima?
Especialistas de vários centros de estudo do clima, como o CPC (Centro de Predição Climática) e o CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), afirmam que a culpada é a La Niña. Esse nome te lembra alguém? Se você pensou no El Niño, acertou! O atual motivo de o tempo estar de pernas pro ar é uma “prima” do fenômeno que mudou as temperaturas e deu o que falar há alguns anos.
A meteorologista Patrícia Madeira, da Climatempo, faz coro a essa afirmação: “ao contrário do ano passado que tivemos influência do El Niño, esse ano estamos sob influência do fenômeno La Niña, que é o resfriamento anormal das águas do oceano pacífico equatorial causado por ventos que mudam de intensidade”. O resultado pros brasileiros é um tempo mais frio e seco que o normal pra essa época.
Inverno na primavera?
Dias de primavera com muito frio têm sido comuns neste ano e ainda de acordo com a meteorologista, apesar da forte influência da La Niña, as mudanças de temperatura nas estações de transição, ou seja, outono e primavera são normais.
Porém, nada normal foi a forte tempestade que afetou a região de Guarulhos em setembro, causando muitos estragos aos moradores. “O que aconteceu em Guarulhos foi que a atmosfera estava muito quente e com a aproximação de uma massa de ar frio, houve a formação de nuvens carregadas”, explica a meteorologista Patrícia.
Outro possível causador de todas essas mudanças seria o aquecimento global, que se tornou um dos assuntos mais polêmicos atualmente. Muitos acreditam que ele é o grande vilão das mudanças climáticas mais significativas no mundo.
Para Patrícia “não podemos afirmar que o aquecimento global afeta o clima brasileiro de forma tão intensa, mas a urbanização com certeza. Ela potencializa os fenômenos climáticos, ou seja, quando o ar fica seco, fica bem seco, quando chove temos muita chuva”.
E por falar em chuva, a meteorologista adianta que para o começo de 2011, na Grande São Paulo, a expectativa é de que chova menos do que o mesmo período de 2010. “Pra janeiro teremos uma temperatura bem mais amena com muita nebulosidade, ou seja, vários dias de céu nublado e chuva. Já em fevereiro a chuva diminui e o sol aparece mais forte”, prevê Patrícia.
Pelo jeito a La Niña vai continuar dando as caras e mudando tudo por aqui. Portanto, ao sair de casa leve um casaco e não se esqueça do guarda-chuva!
Como diriam os Paralamas: "será que vai chover? eu não sei não, não, não..." |
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Preconceito animal, com consciência ele pode acabar
Alguns cães são os preferidos, como poodle, shih tzu, yorkshire, labrador... Mas os cães da chamada SRD, sem raça definida, ou popularmente conhecidos como vira-latas acabam sendo preteridos.
O principal motivo, de acordo com Karina Pirillo, presidente da ONG Adote Já!, de Mogi das Cruzes, é o preconceito. “A maioria das pessoas prefere um cão mestiço ou de raça, e isso se deve um pouco à mídia. É difícil, por exemplo, ver um artista ou uma propaganda que tenha um cachorro vira-lata”, afirma Karina.
Mas de acordo com ela o preconceito maior é com o vira-lata adulto, pois a maioria das pessoas acha que um filhote é mais fácil pois o dono pode criar e educar do jeito que quiser. No entanto, a presidente da ONG explica que não é bem assim, pois “o filhote é uma caixinha de surpresas, porque nunca se sabe como vai ser a sua personalidade, que pode ser temperamental. Já um vira-lata adulto você já sabe qual é o temperamento, se ele é bravo, se é alegre, se é bom pra guarda ou não”.
Falta de sorte?
Outro bichinho que sofre pra conseguir um lar é o gato de pelagem preta. Na cultura popular, desde a Idade Média, ele se tornou sinal de má sorte, mau agouro. A explicação pra tal superstição é a de que naquela época a Inquisição determinou que o pobre bichinho tinha ligação com o paganismo e a bruxaria, por ser um animal de hábitos noturnos e por ser da cor preta, que representava a magia negra. Por outro lado, em outras culturas ele é símbolo de prosperidade e boa sorte, assim como na Escócia, Inglaterra, França e no antigo Egito, em que era cultuado como divindade.
Na cultura brasileira algumas pessoas ainda acreditam nessa superstição. De acordo com Karina, presidente da ONG Adote Já!, as pessoas têm muito preconceito não só com gatos pretos, mas também com cães de pelagem preta. “Pra você ter uma ideia, na feira de adoção que fazemos todos os sábados, os bichinhos de pelo preto são sempre os que sobram”, explica Karina.
Ela acredita que a situação pode mudar com a conscientização de que a pelagem não determina nada além de estética. Um bichinho de estimação independentemente de sua raça e cor de pelo pode trazer muitas alegrias pra quem gosta de animais. E lembre-se: adotar um animal de estimação é adotar uma vida que vai precisar de cuidados e ficar com você por muitos anos!
Serviço:
A ONG Adote Já! realiza todos os sábados, das 10h às 17h00, a feira da adoção. Segundo sua presidente, Karina Pirillo, eles doam cerca de 120 animais por mês. E pra adotar um bichinho de estimação é necessário ser maior de 21 anos, apresentar RG, CPF e comprovante de residência. Além disso o candidato passa por uma entrevista e assina um termo de responsabilidade. Mais informações pelo telefone: (11) 4796-2102 ou pelo e-mail: adoteja@hotmail.com. A ONG fica na Rua Duarte de Freitas, 246, em Mogi das Cruzes.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
A incerteza, a espera e o amor
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Confissões das Mulheres de 30
Juliana Araripe, Camila Raffanti e Patrícia Pichamone |
Quase 30... quase crise?
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Sushi
domingo, 8 de agosto de 2010
Em cartaz nos cinemas: o 3D
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Como educar seu cachorro
Várias histórias já mostraram que o cão é o melhor amigo do homem, mas muitos proprietários desses lindos animais não entendem porque o seu bichinho de estimação, muitas vezes, não obedece, pula nas visitas, come objetos ou tem comportamentos estranhos.
Os cachorros também ficam ansiosos, se estressam e assim como nós, humanos, eles também têm a necessidade de aprender e cumprir regras. Além disso, no caso dos cachorros, é preciso que haja o “líder da matilha” que nesse caso, é o dono do bichinho de estimação.
Pra te ajudar a entender melhor o seu amigo e aprender algumas dicas, eu conversei com a zootecnista Caroline Serratto, adestradora da Cão Cidadão, equipe do zootecnista Alexandre Rossi, o Dr. Pet, da Rede Record.
Se você pretende comprar ou adotar um cachorrinho Caroline dá a dica: “antes de adquirir o animal, é necessário avaliar o tempo que a pessoa dispões para dedicar ao novo amigo e quais são as necessidades do pet, no que diz respeito a espaço, cuidados, alimentação e hábitos”.
Pra quem já tem um cão, e ele tem a “personalidade forte”, é agitado, desobediente e genioso, calma! Tudo tem solução e Caroline garante que todos os cães podem ser ensinados, até os mais velhinhos. Ela conta que “as dificuldades e facilidades dependem da raça, porte e temperamento do animal. Há também indivíduos mais dominantes, teimosos, medrosos, independentemente da raça ou tamanho”.
E como identificar que o cãozinho está com problemas? Como saber se ele está ansioso, estressado ou entediado? Nesses casos, é preciso observar bem o comportamento do animal para detectar o problema logo no início. A zootecnista esclarece que é preciso conhecer melhor o bicho e enxergá-lo como um animal, que merece todo respeito, mas que possui necessidades diferentes das nossas. “Por exemplo, o cão está roendo os móveis da casa. Então, tentamos tratar o efeito: tiramos o cão de dentro da casa. Porém, o problema continua ali, só está mascarado”, explica Caroline.
Em alguns casos também, o cachorro pode estar refletindo a postura de seu dono. Como o cão o considera um membro da matilha, é natural que ele tente imitar alguns de seus comportamentos. Por isso, é necessário que os limites sejam determinados de forma clara e objetiva ao animal, sem confundi-lo. “Saber diferenciar carinho de mimo também é fundamental: o animal mimado não tem limites, está sempre querendo mais, e normalmente é um cão ansioso e inquieto”, ressalta a adestradora.
Ela lembra que “o cão educado com carinho costuma ser mais tranquilo, sabe dos limites que tem, mas é respeitado como indivíduo também”.
Cão Cidadão
É uma empresa especializada em adestramento e comportamento animal que utiliza o Adestramento Inteligente baseado no reforço positivo sem ferir o animal. Também possui o projeto Cão Terapeuta, que realiza visitas a pessoas debilitadas. Outras informações acesse o site: www.caocidadao.com.br.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Um pé de cada
Mas antes tarde do que cedo não é mesmo? Pra que fazer hoje se podemos deixar pra amanhã? Deus ajuda a quem reza e acende vela. Os últimos serão os primeiros a ficar pra trás. Água mole em pedra dura... Peraí, água mole? Se é mole não serve. A vida é dura pra quem é mole.
E a vida é dura pra quem não é normal.
Ser diferente é muito diferente. E diferente não pode! Diferente é estranho, é anormal, é fora dos padrões. E mais que anormal eu devo ser... Pra sair de casa com um pé de cada sapato.
Bem que eu tento ser normal. Me visto com a moda básica das pessoas normais. Como no fast-food ao lado de pessoas normais. Tomo uma cerveja no boteco com os amigos e me torno campeã do torneio de sinuca (é, que orgulho) como uma pessoa absolutamente normal.
Mas sair de casa com um pé de cada sapato, definitivamente, não é normal. No mínimo, o cidadão que consegue essa proeza tem alzheimer ou sérios problemas de concentração. Confesso que nunca tive problema em me concentrar e tô longe de ter alzheimer.
Mas sim! Saí de casa com um pé de cada sapato. Ou melhor dizendo, chinelinho (coisa de mulherzinha), sandália pros machos!
Explico: me arrumei, como de costume pra ir pra faculdade. Normal. A imagem é de uma pessoa absolutamente normal, tomando banho, escolhendo a roupa, se trocando, penteando os cabelos e colocando um pé de cada chinelo. Pra ver qual ficava melhor com a roupa eleita (mais uma coisa de mulherzinha). Escolhido o calçado, o próximo passo, de uma pessoa normal, seria trocar o pé do sapato preterido e colocar os dois pés do eleito. Certo?
Pois é, aí é que tá. Não sei onde eu falhei!
Terminei de me aprontar, saí me sentindo. Todos olhavam pra mim e eu me achei o último pedaço de filé mignon do açougue pros carnívoros ou a última bolacha do pacote de Calipso pros loucos por Calipso (a bolacha).
Entrei no ônibus, desci do ônibus, caminhei até a estação de trem, entrei na estação, passei por 3 caras que mexeram comigo, o que comprovou minha tese de que naquele dia eu tava abafando, esperei o trem com a segurança e autoestima de uma miss, entrei no trem e sentei.
Cruzei as pernas de maneira muito, mas muito sensual, abri meu livro e comecei meu teatro de garota superculta que gosta muito de ler.
Enfim, quando fui descruzar as pernas (uma delas já estava formigando) e cruzar novamente, obviamente de maneira tão sensual quanto a primeira percebi que estava usando um chinelo de cada tipo. E sim, dava pra reparar muito bem que não faziam parte da mesma caixa de sapato. Eles eram muito diferentes. E diferente não pode! Diferente não é normal e naquele momento me senti uma louca varrida totalmente anormal. Achei que só alguém com alzheimer trocaria as bolas, ou melhor, os sapatos desse jeito.
Dei aquela “fatiada” em volta pra ver se alguém tinha notado meu lapso e um carinha na minha frente só faltava se fundir com o banco, a janela e as partes metálicas do vagão. Percebi que ele estava segurando muito a risada. Coitado! Ele se segurou porque não é cavalheiresco rir de gente anormal. É preconceituoso e politicamente incorreto.
É claro que não iria continuar minha viagem daquela forma. Tudo bem que era véspera de carnaval, época em que se pode tudo, até homem com homem e mulher com mulher, mas eu não estava com humor pra aparecer na faculdade (onde só tem gente normal) com um pé de cada. Coisa de doido.
Desci na próxima estação com a certeza de que o carinha iria se matar de rir quando eu tivesse fora de sua visão, e voltei pra casa. Tentando fundir um pé com o chão, ou abrir um buraco e me enfiar dentro, ou sair gritando pro mundo que sou anormal mesmo, não tenho alzheimer, sou muito centrada, mas sou capaz de sair de casa com um pé de cada sapato sem me importar com os comentários alheios. Ou quase isso.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Museu pra manter viva a memória
Ano de eleição é sempre igual: Os políticos se atacam e os eleitores tentam se lembrar da vida pregressa de seus candidatos. Mas dizem que brasileiro tem memória curta. Prova disso, são políticos envolvidos em escândalos, mas que sempre voltam ao poder.
Outra característica que faz com que o povo brasileiro tenha a fama de esquecer rápido das coisas é que a maioria dos eleitores não se lembra nem em quem votou na última eleição. Pesquisas do IBOPE, de 2008, apontaram que 7 em cada 10 eleitores não se lembram quais foram seus escolhidos nas últimas visitas às urnas.
E pra te ajudar a se lembrar foi criado, pelo Diário do Comércio, o Museu da Corrupção, com um “acervo” dos maiores escândalos brasileiros desde 1960. Segundo o diretor do jornal, criador e responsável pelo projeto, Moisés Rabinovici, a ideia surgiu “a partir da constatação do óbvio: a cada novo escândalo de corrupção que chega aos jornais, o escândalo anterior é sempre relegado ao esquecimento. No Diário do Comércio ficamos incomodados. E esse incômodo foi o embrião do que é hoje o Museu da Corrupção, MuCo”.
Com projeto arquitetônico de Rodrigo de Araújo Moreira, o museu online possui um saguão principal onde você encontra várias salas com alguns clássicos, como o escândalo da família Sarney, o Valerioduto, as acusações contra Paulo Maluf e tantos outros.
O responsável pelo museu conta que a busca por todo material em exposição é feita diariamente e que estão buscando o histórico da corrupção desde o descobrimento do Brasil com os primeiros portugueses. Pra isso eles têm uma pesquisadora que se dedica todo o tempo a essa tarefa.
“O material chega a nós, abundante. Nem dá tempo para pequenas reformas. A garimpagem é diária, e a cada dia acrescentamos mais material ao nosso acervo, como um conta-gotas. Os anos 2000, até hoje, temos completos, atualizados.”, explica Moisés.
O MuCo foi projetado por um arquiteto de verdade, mas existe somente online. No entanto, já aconteceram exposições físicas no Centro Acadêmico XI de Agosto, da escola de Direito da USP, outra em Araçatuba e em Brasília, mês passado, no Tribunal de Contas da União (TCU) durante um seminário realizado para marcar o Dia Mundial de Combate à Corrupção, em 9 de dezembro.
Nesta última exposição o museu estreou sua maquete, feita sob a supervisão do arquiteto Rodrigo Araújo Moreira, autor do projeto arquitetônico do MuCo.
Tudo acaba em pizza?
No museu não poderia faltar a pizzaria, já que a maioria dos casos na política brasileira quase sempre acaba em pizza. No cardápio a pizza Sarney, Banestado, Mensalão, Bingos e outros sabores um tanto quanto indigestos, mas que fazem muito bem pra memória. A pizzaiola é a ex-deputada federal, e atual vereadora de São José dos Campos, Ângela Guadagnin que em março de 2006 protagonizou, no plenário, a dancinha da impunidade para festejar a absolvição de seu colega João Magno, envolvido no esquema do Mensalão.
O mais divertido no museu (seria mais divertido se não fosse verdade) é a loja de souvenirs. À venda: máquina de lavar dinheiro, meia com espaço pra guardar propina, camisa com colarinho branco em tecido superfaturado, passagens aéreas, grampos telefônicos e outras lembrancinhas.
O Museu da Corrupção tem um acervo muito rico e vale a pena a visita. Para Moisés o MuCo apoia o fim da impunidade e “o movimento para que os candidatos a cargos públicos, do vereador ao presidente da República, sejam submetidos ao crivo do ficha limpa, como são os consumidores quando pedem crédito. Político condenado por corrupção não deveria ser elegível, assim conquistando imunidade”.
Mas se você acha que acabou ainda tem a Casa de Ferramentas que te ajuda a chegar ao e-mail ou twitter do seu deputado ou senador pra cobrar aquela promessa feita na época da campanha eleitoral.
O endereço do Museu é: www.muco.com.br ou www.museudacorrupcao.com.br. Visite e divulgue! É seu dever como cidadão não esquecer dos casos que ferem não apenas a imagem do país, mas também o seu bolso.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Entrevista com a mãe do poeta
Sua história teve muitas passagens marcantes, pois seu filho costumava viver intensamente. Mas teve alguma situação ou fato, que para você ficou marcado de uma forma diferente?
Como e quando surgiu a idéia de fundar a Sociedade Viva Cazuza?